IBGE ajustará séries históricas da taxa de desemprego após revisão demográfica

A partir de agora, as estimativas de população usadas como base para os cálculos da taxa de desocupação serão atualizadas, o que poderá alterar levemente os percentuais divulgados desde 2012. A revisão reflete novas proporções demográficas, como a relação entre mulheres e homens, urbano e rural, observadas no censo mais recente.

O procedimento tem caráter técnico, não é uma correção de erro, mas sim um refinamento metodológico. Em edições anteriores da PNAD, mudanças como essa resultaram em ajustes pequenos, muitas vezes restritos às segundas ou terceiras casas decimais dos indicadores.

A revisão será incorporada aos resultados do trimestre móvel encerrado em junho, cuja divulgação está prevista para 31 de julho. A expectativa é de que os números continuem retratando com precisão o mercado de trabalho, agora com uma base mais atualizada e fiel à composição real da população brasileira.

Por que isso ocorre:

• O Censo de 2022 forneceu dados populacionais mais modernos e confiáveis do que os anteriores, que datavam de 2010.

• A reponderação da PNAD é uma prática comum em estatística oficial após cada censo.

• A amostra da PNAD Contínua representa cerca de 211 mil domicílios em 3,5 mil municípios e é usada para estimativas de mercado de trabalho.

Impactos na série histórica e nos resultados:

• As séries de taxas de desemprego entre 2012 e os meses recentes poderão ser modificadas.

• As mudanças deverão ser pequenas numericamente, sem alterar tendências ou cenários regionais.

• A principal ferramenta de medição de desemprego continuará sendo a PNAD Contínua, com maior precisão metodológica.

Com a reponderação, o IBGE reforça seu compromisso com a transparência, ao mesmo tempo em que aprimora a qualidade técnica das estatísticas trabalhistas. Os novos dados devem contribuir para um entendimento mais acurado da dinâmica do emprego no país.